terça-feira, 29 de junho de 2010

ah, esquece!


Tive uma professora que me ensinou a refazer os textos que aparentemente estivessem ruins. Trocando uma vírgula aqui, uma expressão ali, riscando aquela frase, mudando por outra... Pronto, uma ótima redação!
Filosofando um pouco... e se praticasse isso? Pequenas mudanças capazes de modificar o dia.
Quem sabe tomar café da manhã; lavar o rosto ao invés de colocar mais cinco minutos no despertador; apostar em um "Bom dia" mais eufusivo?
Talvez render-se à uma vontade; um chocolate, um cinema. Deixa pra pensar depois na dieta e no trabalho. Estresse é muito mais nocivo.
Ou então encontrar uma maneira de transformar os impecílios em tarefas mais prazerosas, ou menos desgastante.
Teoricamente, seria uma ideia super útil. Já na prática...
Não sinto fome de manhã, quando acordo qualquer minuto a mais na cama é uma dávida, meu humor matinal não me permite seguir o conselho do profeta: "gentileza gera gentileza!". Dane-se ser cordial.
Chocolate e cinema, até tudo bem. Sigo com o maior prazer, obrigada. Entretanto, tenho sérios problemas para alterar minha rotina, tão mais fácil só prosseguir.
Pois é, melhor deixar a técnica só para redações e parar de filosofar. Minha preguiça e meu comodismo são mais fortes.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

my girl

Várias vezes depois de alguma coisa dar errado, eu implorei para ter feito algo diferente.
Quem sabe se eu não tivesse ido, se tivesse olhado antes, se isso ou aquilo. Se, se, se...

Tem casos em que uma casualidade ocorreu e salvou vidas. Exemplo tradicional, é no ataque terrorista de 11 de setembro, quando um pequeno detalhe modificou tudo. Alguém que se atrasou e ao chegar no trabalho percebeu a contraditória sorte que teve.
Bem aquela história, "Deus escreve certo por linhas tortas."

Hoje cheguei em casa, o portão não abriu, depois de uma grande função para abrí-lo, fomos abrir a porta e a chave quebrou dentro da fechadura. Entretanto, quem me garante que essa não foi mais uma oportunidade desapercebida?

Nem sempre temos a prova de que fomos presenteados.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

pois não?


Eu converso sozinha, invento histórias na minha cabeça, planejo tudo; desde como vai ser a festa de final de semana até como vou estar daqui alguns anos. Talvez por isso, eu seja tão dramática; porque espero, quero muito.
Queria ser mais realista, ouvir menos os outros, me importar menos. Quem sabe, demonstrar mais meus sentimentos, conseguir dizer: "Olha, sou louca por ti, fica mais um pouco?"
Sou viciada em café e tenho uma necessidade enorme de doce depois do almoço. Chocolate com muita serotonina, por favor?
Da praia, sou mais areia do que mar. Do invervo, tudo me agrada: lareira, fundue, vinho.
Vinho? Esconde meu celular. Já estou discando para ele. "Ué, mas já não tinha esquecido?". Sim, eu minto sobre o que sinto, odeio parecer sensível. Finjo que sou forte, choro escondida.
Faço biomedicina, talvez porque no microscópio, eu enxergo tudo de um jeito que ninguém mais vê. Assim, levo a minha vida, no ritmo daquela música "às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê".
Filme? A companhia me importa mais do que o roteiro. Prefiro me focar na minha própria história.
Mudo, mudo demais. E principalmente a minha opinião sobre as pessoas. "Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor."
Adoro conversar, ter intimidade e as risadas do meu irmão.
Não me importo nada com copa do mundo, com política (tá, eu sei que deveria) e com bandas do momento. Sou meio bixo grilo, demoro para me soltar quando não conheço. Sou egoísta pra caramba! Tenho ciúmes, quero tudo pra mim. E agora! Tenho urgência demais, paciência de menos.
Não vou deixar claro minhas intenções, nem correr atrás. Isso com certeza, vai me deixar maluca. Me liga?
Rio lembrando do que já passei, leio a mesma mensagem várias vezes. Perfume? huuum
Preciso de um pouco de solidão, mas não muito. Quero todo mundo reunido, churrasco em família; vamos reunir a turma?
"Quero detalhes, guria!".
Odeio fazer escolhas, me surpreenda!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

@#$%&


Sempre me confundia para entender o significado da palavra "paradoxo". Aí vai o significado: "Situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, o paradoxo é o oposto do que alguém pensa ser verdade." Então comecei a pensar e quer um ótimo exemplo? Um canalha!
Pensa, ele é aparentemente perfeito; tem um sorriso lindo, sabe as palavras certas, o beijo é delicioso, o abraço protege, é bem humorado, despojado, parceiro desde para a melhor festa até um filme na frente da lareira. Enfim, tá tudo certo, quer sensação melhor?
Entretanto, do nada, ele desaparece, sem explicações prévias. Assim, tipo mágica. E os planos, se desfazem.
No lugar de alguém encatador aparece uma pessoa covarde e infantil.
Paradoxal, não é mesmo?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

( ! )

Se alguém me disser que o melhor é deixar o tempo decidir, é porque, realmente, não me conhece.
Como escreveu Fernanda Mello: "Tenho o desassossego dentro da bolsa." Sou impaciente; não sei esperar pelo ônibus, que minhas unhas já estão sendo devoradas. Quem dirá, aguardar pela minha felicidade, tenho urgência!
Além do mais, sou prática. Por que delegar tarefas para o "tempo", se muito mais fácil seria marcar um cineminha?
Como se não bastasse, me desinteresso com a mesma facilidade que desisto quando vejo que algo não vai dar certo.
Enfim, coloque a responsabilidade em cima do fator temporal, que ele servirá apenas para descrever sentimentos e acontecimentos passados; jamais para ligar algo ao futuro.