sábado, 27 de agosto de 2011

coisas de menina



É porque tá chovendo, fazendo frio, eu to na tpm e acabou o chocolate. É porque eu não gosto de ler sobre teu dia sem fazer parte dele, e pior, de ler sobre teus planos sem estar neles. É porque dói perceber que estar longe, afasta. E assusta saber que a gente sempre se acostuma com isso, se acostuma a não fazer mais parte. E tem dias que isso nem mesmo machuca, já outros, que dói muito.

sábado, 13 de agosto de 2011







'Tenho agradecido por estar vivo e ter andado por todos os lugares onde andei e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como eu sou.'

Caio Fernando Abreu

Tudo vem dos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos.


desejos

Me convenço cada vez mais que não existe nada mais puro e incrível que o sorriso de uma criança.
Eu ajudo a cuidar de uma menina de três anos. Logo que comecei foi terrível, como não conseguia entender direito o que ela pedia para brincar, ela acabava sempre me xingando com alguma palavra que eu não sabia o significado. Depois fui percebendo na gente algumas semelhanças. Como a mãe dela sempre diz (e eu podia ver a minha falando o mesmo sobre mim): 'Ela se acha sempre a chefe da brincadeira!'. Ou quando alguém machucava o irmão mais novo dela e ela ia bem calma e escondido de todos, dava um socão na criança. Entre várias tentativas de brincar de boneca, acabamos ficando amigas.
Semana passada ela fez uma borboleta que nem eu ensinei e me perguntou: 'Deve ser ótimo ser sempre colorida, né?'. Eu respondi: 'Nós também somos!'.
E ontem, enquanto chovia, alguém perguntou: 'Será que essa chuva não acaba nunca?'. Ela respondeu: 'Acaba sim, ontem eu pedi para aquela flor que a gente assopra e faz desejo para dar um dia bonito. E a Bruna disse que isso sempre funciona.'. Ninguém sabia do que ela tava falando, mas logo abriu um sol lindo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Descobertas




Eu descobri que sonhos se realizam. Que chorar é sempre renovador, mas que quando as lágrimas são de felicidade, renovam muito mais. Traz confiança e vontade de não parar de correr mais. Que gritar e pular são, às vezes, as únicas maneiras de expressar uma sensação que nada define. Que o tempo é mesmo relativo: têm segundos que duram para sempre. Que amizades verdadeiras são descobertas quando não é preciso explicar, um olhar diz tudo.
As minhas descobertas são clichês, já li sobre elas diversas vezes achando lindo e verdadeiro cada palavra. Mas todas as minhas sensações até então eram explicáveis, para as últimas não há nada que defina um pouco do que eu vi, senti e vivenciei. Para cada sentimento na minha vida, teve um nome. Os últimos que eu senti, continuo procurando alguma palavra que encaixe.
Pode ser que seja apenas felicidade, ou quem sabe realização. Mas no momento, parece estar acima disso.