sábado, 25 de fevereiro de 2012

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Chove muito lá fora, na verdade já faz alguns dias que não vejo sol, meses que não sinto calor, noites que não durmo, vezes que me peguei agradecendo.
O tempo passou, antes faltavam dez meses, hoje faltam dez dias.
Eu quis voltar, desejei por horas nunca ter vindo, pensei em desistir, liguei pra casa chorando, fiz drama, rezei baixinho... Acreditei.
Construí amizades tão intensas e sinceras, que parecem sempre terem estado comigo. Quem sabe estivessem, enquanto quebrávamos a cara, sofríamos por algum idiota, ríamos de alguma besteira, a gente estivesse traçadas à nos encontrar para filosofosar horas à fio sobre nossas experiências.
Fiquei de boca aberta ao ver o Castelo de Versalhes, vi o sol nascer, se pôr, escurecer na Torre Eifel, deitada ao sol de Zurique senti a melhor sensação do mundo: liberdade, dancei em cima dos bancos da Oktoberfest, brindei com a minha mãe em Paris, me encantei com o clima e o charme londrino, toquei uma moeda na Fontana di Trevi e o único que pedido que achei foi que eu continuasse tendo tanta sorte, fiquei apavorada em um campo de concentração, rabisque o Muro de Berlin, voltei a ser criança entrando em castelos.
Me arrepiei, falei pra mim mesma incrédula: 'eu tô aqui!', me senti realizada. Mas esses não foram os melhores momentos, os que mais me senti feliz foram na escada de Stuttgart, tomando cerveja e Red Bull Cola com minhas amigas, depois apreciando o mercado de Natal rodeada de compras com minha mãe, reencontrando uma das minhas melhores amigas com uma cerveja rosa e novidades. Foi tomar chimarrão sozinha embaixo da minha árvore favorita e depois com a minha mãe enquanto caminhávamos na floresta. Foi a companhia pra dançar no meio da sala, caminhar no domingo de manhã enquanto as folhas do outono caíam, discutir sobre a diferença de 'estranho e diferente'. Foi ir no cinema e entender, conversar sobre tudo sem mais depender de mímicas, ler sem precisar de dicionário. Foi brincar na neve, colocar uma cenoura no nariz do boneco, caminhar no lago congelado.
Foi principalmente, criar laços e levar para casa não apenas momentos incríveis, e sim pessoas maravilhosas.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

outono

Estou sentada embaixo da mesma árvore, àquela que sentei no meu primeiro final de semana aqui. Em filmes as pessoas sempre tem um lugar de fuga, um refúgio para onde vão quando querem pensar, se desligar do mundo, das pessoas, dos problemas, das faltas. Eu descobri o meu. Desde a primeira vez que estendi minha coberta embaixo dessa árvore, me senti, finalmente, em paz.
O verão estava chegando, fazia calor e as flores estavam por toda parte. Agora é outono, faz um frio agradável e tem folhas amarelas caídas ao meu lado.
A verdade é que as estações trocaram rápido demais. Com num passe de mágica, troquei minha insegurança, meu medo do novo, a minha contagem de volta para casa por certezas, segurança, conforto. A primeira vez que estive aqui, pensei tanto se iria encontrar pessoas legais, se iria me sentir bem, se conheceria os lugares que eu queria. Seis meses depois, eu percebo que tudo foi muito além. Muito mais do que encontrar pessoas, encontrei amizades. Além de apenas riscar os lugares da minha lista, eu acrescentei histórias, afetos, amigos.
E é provável que junto com a mudança de estação, tenha mudado muitos sentimentos. Assim como as folhas, muitas coisas em mim perderam a cor e caíram. Mas isso depende do ponto de vista, têm quem lamente a falta do colorido e quem aprecie a beleza do outono. Eu faço parte do segundo grupo, deixei um pouco o extremismo. Assim não está nem muito quente, nem congelando. Nem florido demais, nem sem cor.
E ao mesmo tempo que seja possível encontrar vestígios do verão, a paisagem mudou.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estávamos nós três na escada de Stuttgart, como de costume, filosofando um pouco sobre idas e voltas. Concordamos em um ponto, todas fomos embora por dois motivos, um que explicávamos para os outros (aprender melhor o idioma, adquirir experiência, viajar) e o outro era pra fugir (do conformismo, de uma situação errada, de um amor que não deu certo).
Chegamos aqui sem nada além de sonhos. Deixamos para trás tudo que conhecemos. E nos obrigamos a encarar, a reconhecer os erros, nos arrependemos, choramos, questionamos.
Até que tudo se encaixe novamente. Até que apareça todas as respostas pelas quais procurávamos. Até que percebemos que os sonhos se transformaram, enfim, em realizações.

sábado, 17 de setembro de 2011

Sempre se justifica


Sempre acreditei em coincidências e sorte. Até que tive 'sorte' demais com algumas 'coincidências'.
Depois de encontrar tantas pessoas certas no lugar certo, na hora certa e dos melhores momentos só terem acontecido porque antes algo deu absurdamente errado, eu comecei a perceber que sempre tem um motivo, que o azar é justificável, que mais tarde tudo se explica. Têm coisas que simplesmente precisam acontecer.

domingo, 11 de setembro de 2011

Da minha janela...



Adaptação




Eu me adapto, eu sempre me adapto. Quer verdade mais confortante que essa? A que de o tempo sempre cura, sempre resolve, sempre nos faz enxergar melhor. Vai passar, sim, tudo sempre vai passar. Seja ruim, seja o melhor momento. Seja uma fase, um beijo, um sentimento. As coisas sempre vão mudar, por melhores ou piores que sejam. E as pessoas vão, sempre, se modificar. Talvez, se afastar ou criar mais intimidade. Quiçá se tornem irreconhecíveis na próxima conversa, quem sabe mudem de vida conservando aquela risada.
Me acostumei a levar um casaco, mesmo que ao sair esteja 30 graus, porque vai ficar frio lá pelas 18 horas. Me acostumei a achar espaço na bolsa pro guarda-chuva, porque mesmo que não tenha uma nuvem no céu, é provável que chova torrencialmente na hora de voltar. Me acostumei a comer salada, a ouvir meu nome pronunciado errado, a arrumar a cama, a ser organizada, a sorrir mais, ser mais positiva, a realizar. Me acostumei tanto, que passei a gostar das mudanças. Comecei a sorrir por detalhes, antes, insignificantes e as coisas passaram a sorrir pra mim.
Os sonhos mudam, os anseios, as promessas, tudo muda na medida que mudamos. Nossos desejos acompanham nossa trajetória.
Eu me adapto, mesmo que demore a me sentir confortável, mesmo que seja relutante à novidades. Toda vez que leio a frase ‘Somos muito mais forte do que imaginamos’, eu agradeço por saber que a frase é verdadeira. Não porque me garantiram que as coisas dão certo quando tentamos, mas porque eu fiz dessa, a minha verdade. Continuar, arriscar, insistir.

sábado, 27 de agosto de 2011

coisas de menina



É porque tá chovendo, fazendo frio, eu to na tpm e acabou o chocolate. É porque eu não gosto de ler sobre teu dia sem fazer parte dele, e pior, de ler sobre teus planos sem estar neles. É porque dói perceber que estar longe, afasta. E assusta saber que a gente sempre se acostuma com isso, se acostuma a não fazer mais parte. E tem dias que isso nem mesmo machuca, já outros, que dói muito.

sábado, 13 de agosto de 2011







'Tenho agradecido por estar vivo e ter andado por todos os lugares onde andei e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como eu sou.'

Caio Fernando Abreu

Tudo vem dos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos.


desejos

Me convenço cada vez mais que não existe nada mais puro e incrível que o sorriso de uma criança.
Eu ajudo a cuidar de uma menina de três anos. Logo que comecei foi terrível, como não conseguia entender direito o que ela pedia para brincar, ela acabava sempre me xingando com alguma palavra que eu não sabia o significado. Depois fui percebendo na gente algumas semelhanças. Como a mãe dela sempre diz (e eu podia ver a minha falando o mesmo sobre mim): 'Ela se acha sempre a chefe da brincadeira!'. Ou quando alguém machucava o irmão mais novo dela e ela ia bem calma e escondido de todos, dava um socão na criança. Entre várias tentativas de brincar de boneca, acabamos ficando amigas.
Semana passada ela fez uma borboleta que nem eu ensinei e me perguntou: 'Deve ser ótimo ser sempre colorida, né?'. Eu respondi: 'Nós também somos!'.
E ontem, enquanto chovia, alguém perguntou: 'Será que essa chuva não acaba nunca?'. Ela respondeu: 'Acaba sim, ontem eu pedi para aquela flor que a gente assopra e faz desejo para dar um dia bonito. E a Bruna disse que isso sempre funciona.'. Ninguém sabia do que ela tava falando, mas logo abriu um sol lindo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Descobertas




Eu descobri que sonhos se realizam. Que chorar é sempre renovador, mas que quando as lágrimas são de felicidade, renovam muito mais. Traz confiança e vontade de não parar de correr mais. Que gritar e pular são, às vezes, as únicas maneiras de expressar uma sensação que nada define. Que o tempo é mesmo relativo: têm segundos que duram para sempre. Que amizades verdadeiras são descobertas quando não é preciso explicar, um olhar diz tudo.
As minhas descobertas são clichês, já li sobre elas diversas vezes achando lindo e verdadeiro cada palavra. Mas todas as minhas sensações até então eram explicáveis, para as últimas não há nada que defina um pouco do que eu vi, senti e vivenciei. Para cada sentimento na minha vida, teve um nome. Os últimos que eu senti, continuo procurando alguma palavra que encaixe.
Pode ser que seja apenas felicidade, ou quem sabe realização. Mas no momento, parece estar acima disso.

domingo, 17 de julho de 2011

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- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
- Mas não seria natural.
- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca.
- Ou sempre.
(Silêncio)”


(Caio Fernando Abreu)

domingo

Domingos.
Sempre gostei deles, por mais perto que fossem das segunda feiras, eu sempre gostei da combinação que eles traziam: Coca cola, churrasco, uma pequena soneca e chimarrão com as amigas.
Gostava de acordar com o pé imundo, olhar pra cama abaixo e morrer rindo da noite anterior.
Ou olhar pro lado e sentir um beijo de bom dia. - Conseguiu terminar de ver o filme? - Não cheguei nem na metade. - Nem eu!
Ou melhor, ser acordada com um chute de uma perna pequeninha. Olhar ao redor e encontrar: Brigadeiro, suco, prato com um resto de Miojo, dvd's e video game.
Enfim, acordar e ser família. Cheirinho de churrasco no apartamento todo, Maria Gadú tocando na sala, Lola na sacada.
É, realmente, sentimos sempre falta dos momentos mais simples.
Hoje eu trocaria tudo por risada familiar. Trocaria tudo por acordar e estar em casa.

'Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer'

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vielen Danke!


Fiquei pensando, eu nunca te agradeci, acredita?
Nós já lamentamos tanto não termos quem amamos por perto e mais ainda por deixarmos passar a oportunidade de dizermos isso. E veja bem, em meio à reclamações, eu nunca te disse que o quanto tu é importante pra mim.
Mas, enfim, obrigada por todos os passeios, pelas horas me ouvindo reclamar e principalmente, por me entender. Obrigada pelo apoio, pelas palavras, pelas lágrimas compartilhadas. E acima de tudo, obrigada pela amizade e companhia.
Não poderia ter tido coincidência melhor.

metade

Resgatei aqui algo que tinha perdido há muito tempo: minha fé. Talvez por essa ser uma das únicas maneiras de levar a adiante. Quando nada parece colaborar, conforta acreditar. Acreditar que as coisas sempre melhoram, acreditar na pessoas e na importância delas, e acreditar, principalmente, em mim.
E nesse turbilhão de emoções, fui na missa com uma amiga. Não entendemos praticamente nada, mas as lágrimas teimaram em cair. Nos olhamos e em meio a um choro incontrolável, demos um sorriso de compreensão.
De fato, eu tava sentindo muito. Um misto de realização com desapontamento. Eu cheguei onde eu planejei, mas não me sinto à vontade. Eu tanto reclamei, que hoje tenho o mundo aos meus pés, mas ninguém segurando minha mão.
Eu tava orgulhosa e arrependida. Com curiosidade e com saudade. Uma lágrima era de felicidade e outra de tristeza. Tudo em mim era pela metade, exatamente como eu tava me sentindo.

domingo, 12 de junho de 2011

+

Para me conhecer não é preciso fazer muito mais do que ler a descrição do meu signo. Sou ariana, impulsiva, gosto do imediato, do rápido. Mas dou muito valor para o duradouro. E principalmente, para quem me dá motivo para durar em minha vida.
Odeio números, contas, tudo que seja exato. Gosto do que eu posso alterar, modificar, mudar, enfim, ’Metamorfose’ sempre significou muito pra mim. Acho essa a parte mais bonita da transformação. Quando ainda não somos o que desejamos, pois é nesse momento que nascem os sonhos. É quando nada é completo, pra mim a beleza está aí, no incompleto.
Gosto de conseguir o que denominam difícil. Estou à procura do impossível, no momento. E tenho me esforçado muito para não desistir, não mais um vez.
Passo muito tempo procurando textos que me definam, inventando histórias que nunca acontecem e dormindo.
Fico triste à toa, me empolgo fácil fácil. Gosto de ficar sozinha, mas sem estar só.
Acredito em histórias felizes, mesmo que os finais não sejam. Acho casamento lindo, mesmo que não dure. O simples fato de existir o desejo de ter alguém pelo resto da vida, mesmo que essa vontade se perca, é lindo. Enfim, quero casar, ter dois filhos meninos, uma estante cheia de livros e um jardim com gérberas. Mas tudo bem, se jurar terminar todo dia difícil com uma taça de vinho e prometer que os meninos serão lindos como tu, dispenso o resto.
Acho sempre que eu estou certa, e se me convencer do contrário, jamais saberá que conseguiu.
Gosto de elogios, e caiu com uma facilidade incrível neles. Tô linda mesmo?
Desacredito às vezes e quase deixo de lado meus princípios quando fica difícil, mas é normalmente nessas horas que eu retomo com toda a fé nos meus sonhos e ideais.
Não me importo com eu te amo’s ditos sem haver toda sinceridade. Adoro ouvi-los, independente da intensidade. Um pouco de exagero sempre me agradou.
Odeio exercícios na mesma medida que adoro chocolate. Mas prefiro salgado, doce demais enjoa. Em todos os sentidos! Devo ter algum tipo de alergia à pessoas açucaradas demais...

sempre chega a hora


Acordei com uma tristeza batendo de leve, daquelas que não dá vontade de sair mais do aconchego da cama. E fiquei por horas acordada, sem mexer um dedo.
Arrumei minha bolsa, coloquei pra dentro meus dois livros novos, chocolate, uma cerveja com limonada, minha coberta, meu netbook e meu diário. E voltei pra aquele lugar que tinha ido na minha primeira semana aqui. Enquanto caminhava, sentia o cheiro das margaridas, que agora faziam o caminho até a árvore que eu procurava, e pensava em quanto uma pessoa pode mudar em um mês.
Faz apenas um mês que tinha feito aquele mesmo trajeto, mas meus pensamentos foram completamente diferentes dos da primeira vez.
Há um mês atrás não larguei a câmera, tirei foto de cada momento pra deixar registrado, eu estava eufórica, louca de curiosidade do que me esperava, cheia de planos, com novidades e perguntas.
Hoje eu vim aqui à procura do som que o silêncio faz, de uma paz que aprendi a conquistar com minha companhia. Vim porque eu queria sentir que não estava sozinha mesmo estando sem ninguém ao meu lado, vim tentar achar um pouco de fé, quem sabe. E achei, achei uma tranqüilidade que fazia tempo que não experimentava.
Parei de sofrer por não ter quem eu amo em cada lugar do meu lado, não que tenha parado de doer. Na verdade, a saudade machuca cada vez mais. Mas não tenho mais pensado o comentário automático: ‘seria bem mais legal se tal pessoa estivesse aqui’.
Isso me faz pensar, que por pior que seja a situação, a gente realmente se acostuma. Se acostuma a chorar menos lágrimas, a pensar mais positivo, a desejar coisas que estejam mais o nosso alcance.
Eu ainda torço para os próximos nove meses passarem voando, mas esse é apenas um item da minha lista de desejos. Na frente dele, tem muitos outros.
E além de me adaptar à um novo ambiente, à pessoas que não sorriem, à um bom dia em outro idioma, me pego sentindo coisas que nem mesmo sei nomear. Sentimentos sempre bipolares e extremos, como tudo em mim sempre foi. Assim como Tati Bernardi escreveu: ‘Hoje de manhã, eu acordei e fiquei olhando para tudo catatônica, um misto de susto com deslumbramento. Me dei conta de que essa é a pior e a melhor fase da minha vida. Eu nunca fui tão triste e nem tão feliz.’
Dei de cara nesse mês com coisas que jamais tinha esbarrado minha vida inteira. Estar acostumada com o conformismo e ter que abandoná-lo radicalmente, realmente me pregou um grande desafio. E não é pelo dinheiro que não posso pedir emprestado pro meu pai, ou por não ter ninguém pra lembrar de levar casaco. É muito maior que isso. É ter a obrigação de fazer as coisas darem certo, sem ter desculpas, sem ter ninguém pra colocar a culpa. É ter, literalmente, a felicidade em minhas mãos. Ou eu faço dar certo, ou ninguém, NINGUÉM, mais faz isso por mim. Enfim, sabe aquele frase? ‘Agora é comigo’. Isso é assustador e ao mesmo tempo, delicioso. Se sentir dono do seu destino e perceber que sempre dá tempo de mudar tudo, de melhorar, de ser uma nova pessoa.
Tava conversando com uma amiga e ela comentava sobre como esquecemos os detalhes ruins e nos apegamos apenas aos que foram bons. Ela deu como exemplo uma viagem que tinha feito no inverno, que era impossível ficar na rua de tão frio. Mas que hoje elas comentavam apenas que Praga era lindo, que viagem ótima! Provavelmente, daqui um tempo, eu só vou me lembrar das partes boas. Vou dizer: ‘É, valeu muito a pena. Foi um pouco difícil no início, mas no geral, nossa, foi maravilhoso.’
E quero isso mesmo, que fique marcado cada instante delicioso que tive aqui. Deixa pra lá cada problema, cada vez que desejei mais do que tudo voltar, cada crise de choro.
E sobre hoje só quero lembrar da minha música preferida tocando enquanto eu escrevo esse texto.

domingo, 5 de junho de 2011

grande menino, pequeno homem

"O Woody tem sido meu amigo desde sempre, é corajoso como um cowboy deve ser, é gentil, inteligente, mas o que faz o Woody especial, é que ele nunca desiste de você. Nunca. Ele vai estar contigo pro que der e vier."

És minha pessoa preferida no mundo inteiro.
Vejo em ti qualidades que eu jamais ousei ter. Pois são únicas de um anjinho.
Tão pequeno e tão perspicaz, enxerga com uma naturalidade incrível o que ninguém mais vê.
Tão pequeno e com um coração tão grande. Tão cheio de princípios, ideais e vontades próprias. Tens praticamente um terço da minha idade, e eu não chego a ter um terço da tua visão de mundo.
Eu te amo, mais que tudo. E de todas as companhias, é a tua que mais me dói a saudade.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quero colo!

Incrível como tem coisas que nos fazem viajar....
Um livro que te faz sentir o arrepio quando ele diz no ouvido: 'E em cada pedaço de mim, haverá um de você.'. Um chimarrão em uma manhã chuvosa, me faz ir longe, longe... me sinto rodeada de amigas rindo, do sol, da pracinha, de nós. Sinto meu pai pertinho, reclamando que tomei poucas cuias e ouço ele: 'Mas não é gaúcha mesmo!!!'. E veja só, acabei com litros de água aqui, só mais um pra eu me sentir melhor...
Mas mais incrível, é a maneira como nunca fico satisfeita. Aí já imagino minha mãe cantando pra mim com aquela voz sarcástica que tanto me irrita e me faz falta: 'Eu quero sempre maaaais....'.
Queria ir embora, me aventurar, conhecer o mundo e mudá-lo, se possível. Cansei de monotonia, de conformismo, de gente que cuida da vida da gente. Chega de sempre ir no mesmo lugar por falta de opção, de ver sempre as mesmas pessoas. Chega, chega, chega... e aí me agora me vejo implorando, não chega não... quero mais!
E me deparo comigo soltando essa frase no metrô: 'Tá, mas era só isso mesmo?'. E aí ouço a Fafy de cantinho: 'Te entendo, mas não pensa nas coisas ruins, aproveita e volta cheia de histórias pra rirmos juntas!'.

Ai, ai, em dias chuvosos bate uma vontade de colo, né?

terça-feira, 31 de maio de 2011

sincronia


Quantas vezes já nos apavoramos pela nossa sincronicidade, hein?
Às vezes fico pensando, como podemos conviver tanto tempo sem sermos amigas? Sem perceber que tínhamos uma na outra tantos sentimentos, sonhos, opiniões, gostos parecidos.
Acho delicioso poder compartilhar meus medos, meus erros, meus planos, minhas histórias com alguém que não necessita de explicação, que simplesmente compreende cada furacão que há dentro de mim.
Sou encantada por ti! Por tua sensibilidade perante às pessoas, pela tua paixão pelas coisas que realmente importam, pelas tuas piadinhas oportunas, pela tua parceria, pelas palavras certas, pelas frases que sempre fecham com o momento, pela tua amizade e por tudo que ela transmite pra mim.
Obrigada pela segurança e carinho que tu divide comigo!
É, tu és encantadora!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Em um dos meus passeios, fui para um parque de diversões e imaginei o meu irmão o tempo inteiro comigo. E a cada brinquedo, uma lágrima caia.
Aqui uma das primeiras lições que aprendi é que a companhia é sempre o mais importante. O lugar, por mais bonito, sem as pessoas certas, se torna incompleto.



Em cada paisagem, há sempre um desejo: Que as nossas noites de irmão voltem logo, PRECISO esquentar os pés pequeninhos, enquanto comemos nossa massinha e olhamos um desenho.
Assim como PRECISO de um espumante acompanhado de uma deliciosa janta, com risadas, intimidade e principalmente, amor.

domingo, 8 de maio de 2011

'

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.
(Rubem Alves)


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ja

Comecei escrever por diversas vezes, mas dava um aperto e uma vontade de ficar quietinha; enrolada na coberta que a minha mãe me deu, lendo as frases do diário que as minhas amigas fizeram.
Quando me disseram que era difícil viver em um país diferente, com pessoas diferentes, longe de casa, pensei: 'Sou muito mais forte que isso! Praticar o desapego é comigo!'.
E é aí que eu percebo, não há como se desapegar de quem se ama !

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fondue

Quando pequena, uma das coisas que mais gostava no inverno era o Fondue.
Não só pelo sabor, que continuo considerando o melhor dessa estação. Mas principalmente, pelo momento.
Lareira acesa, frutas cobertas com chocolate derretido, eu e meu pai. Era nosso instante pai e filha. Lembra?
Cresci adorando Fondue. Principalmente, adorando o momento.
Fosse Gramado, acompanhado de frio, sentimento e vinho.
Fosse melhores amigas, vinho barato, chocolates cedidos com carinho, risadas, passeio, tudo isso: agradavelmente inesperado.
Fosse família, na frente da lareira, brigando por quem colocava o chocolate.
Principalmente pelo momento, eu adoro Fondue e todas as lembraças que guardo do chocolate cobrindo o morango.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tem uma frase na nova propaganda da Boticário que me diz muito: 'Nós chegamos lá? E o lá? Continua lá?'

E se o meu mudar pra outro lugar?