domingo, 11 de setembro de 2011

Adaptação




Eu me adapto, eu sempre me adapto. Quer verdade mais confortante que essa? A que de o tempo sempre cura, sempre resolve, sempre nos faz enxergar melhor. Vai passar, sim, tudo sempre vai passar. Seja ruim, seja o melhor momento. Seja uma fase, um beijo, um sentimento. As coisas sempre vão mudar, por melhores ou piores que sejam. E as pessoas vão, sempre, se modificar. Talvez, se afastar ou criar mais intimidade. Quiçá se tornem irreconhecíveis na próxima conversa, quem sabe mudem de vida conservando aquela risada.
Me acostumei a levar um casaco, mesmo que ao sair esteja 30 graus, porque vai ficar frio lá pelas 18 horas. Me acostumei a achar espaço na bolsa pro guarda-chuva, porque mesmo que não tenha uma nuvem no céu, é provável que chova torrencialmente na hora de voltar. Me acostumei a comer salada, a ouvir meu nome pronunciado errado, a arrumar a cama, a ser organizada, a sorrir mais, ser mais positiva, a realizar. Me acostumei tanto, que passei a gostar das mudanças. Comecei a sorrir por detalhes, antes, insignificantes e as coisas passaram a sorrir pra mim.
Os sonhos mudam, os anseios, as promessas, tudo muda na medida que mudamos. Nossos desejos acompanham nossa trajetória.
Eu me adapto, mesmo que demore a me sentir confortável, mesmo que seja relutante à novidades. Toda vez que leio a frase ‘Somos muito mais forte do que imaginamos’, eu agradeço por saber que a frase é verdadeira. Não porque me garantiram que as coisas dão certo quando tentamos, mas porque eu fiz dessa, a minha verdade. Continuar, arriscar, insistir.

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