domingo, 17 de julho de 2011

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- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
(Silêncio)
- Mas não seria natural.
- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
- Natural é encontrar. Natural é perder.
- Linhas paralelas se encontram no infinito.
- O infinito não acaba. O infinito é nunca.
- Ou sempre.
(Silêncio)”


(Caio Fernando Abreu)

domingo

Domingos.
Sempre gostei deles, por mais perto que fossem das segunda feiras, eu sempre gostei da combinação que eles traziam: Coca cola, churrasco, uma pequena soneca e chimarrão com as amigas.
Gostava de acordar com o pé imundo, olhar pra cama abaixo e morrer rindo da noite anterior.
Ou olhar pro lado e sentir um beijo de bom dia. - Conseguiu terminar de ver o filme? - Não cheguei nem na metade. - Nem eu!
Ou melhor, ser acordada com um chute de uma perna pequeninha. Olhar ao redor e encontrar: Brigadeiro, suco, prato com um resto de Miojo, dvd's e video game.
Enfim, acordar e ser família. Cheirinho de churrasco no apartamento todo, Maria Gadú tocando na sala, Lola na sacada.
É, realmente, sentimos sempre falta dos momentos mais simples.
Hoje eu trocaria tudo por risada familiar. Trocaria tudo por acordar e estar em casa.

'Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer'